A Modern Vampires Of The City - Capítulo 2

Olá leitores, depois de muitas lutas, consegui vencer meu bloqueio criativo e consegui terminar o segundo capítulo de Modern Vampires e logo logo, teremos o terceiro capítulo! Então, boa leitura!.

***
Capítulo 2 - O Noivado.

Ainda dentro da carruagem, Odile viu o imponente castelo que pertencia à família Lauda entre as montanhas. Mesmo com aquela neblina, ela conseguia notar cada pequeno detalhe que constituía aquela imponente construção.

-Veja como é enorme, Marie! – a irmã mais velha parou de ler o livro, O Primo Basílio do escritor lusitano Eça de Queiroz, e voltando sua atenção para a janela.

-Acho que terás bastante espaço para guardar todos os seus vestidos – comentou Marie – Quem dera eu, conseguir um noivo rico com um castelo como esse!

-Irá conseguir um, minha filha. – respondeu Jacques, o pai das jovens – E ele será tão rico quanto esses banqueiros austríacos.

-Por ora, vamos nos concentrar no noivado de Odile – comentou Serena, a mãe das moças, enquanto tricotava – E depois quando fomos ao baile de aniversário do Conde de Munique, arranjaremos um noivo para você!

Marie fez um sinal de sim com a cabeça e retomou sua leitura, tentando afastar o pensamento de que acabaria solteirona, sem filhos ou maridos, morando com os pais, enquanto às glórias da família iriam para sua irmã mais nova, como sempre.

As expectativas de Odile para com aquele noivado eram tantas que aquilo às vezes não a deixava sequer dormir.  Como ele é realmente? Perguntou a si mesma mais uma vez, Do que será que ele gosta? Será que ele prefere bolos ou salgados? Tantas perguntas e acabavam surgindo mais outras, enquanto a carruagem se aproximava cada vez mais do castelo.

-Chegamos – anunciou o cocheiro, parando a carruagem.

O valete dos Laudas abriu a porta e os Greyhounds desceram da carruagem. Encontrou ali, o patriarca da família, sua esposa, o irmão deste, alguns criados e o jovem herdeiro daquela família e noivo de Odile, Andreas Nikolaus Lauda.

É ele, pensou Odile. Suas mãos tremiam e seu coração batia rápido demais, Acho que irei morrer antes de trocarmos uma palavra!

-Então você deve ser Odile – disse o jovem, ele pegou sua mão direita e a beijou.

-Err... Olá... Andreas – cumprimentou ela, um pouco sem jeito e com as bochechas coradas.

-Se quiser...  Pode me chamar de Niki – respondeu ele, de forma suave, fazendo com que ela ficasse mais corada ainda.

Ambas as famílias entraram na casa e foram tomar um pouco de chá. As mães conversaram sobre a viagem que os Greyhounds fizeram de Paris até ali e o noivado de seus filhos, já os homens falavam de como aquele casamento traria bons negócios para ambas as famílias. Enquanto isso, Niki contava as duas jovens sobre sua estadia na capital do reino Austro-Húngaro.

-Viena é uma cidade maravilhosa – contava ele – Repleta de cafés, pessoas e vários artistas.
-Você também aprecia a artes também? – perguntou Odile, enquanto tomava um gole de chá.
-Sou um grande apreciador – respondeu ele.

-Conhecemos Jean-Claude Monet e August Renoir – comentou Marie – Nossos pais são grandes amigos deles!

-Monet  nos ensinar a pintar – contou Odile – Marie se saiu melhor do que eu!

-Tenho certeza que se saiu muito bem – disse Niki, dando uma piscadela a Odile.

-Você também vai ao baile do Conde Beckenbauer, Niki? – indagou Marie, tomando mais um gole de chá.
Niki ficou em silêncio. Ele não conhecia o jovem conde pessoalmente, Niki ouvirá falar dele algumas dele algumas vezes quando esteve em Berlim. Mas o que ele realmente sentia é que o jovem conde se conhecesse sua adorável noiva, ele simplesmente poderia roubá-la de suas mãos.

-Acho que não, Marie – respondeu e por fim – Gostaria de dar um passeio, Odile?

-Oui – respondeu Odile.

-Pois bem – disse ele – Mãe e pai, eu e Odile faremos um passeio!

-Mas eu estava pretendendo mostrar a casa para as nossas convidadas – respondeu ela.

-Em outro momento você fará isso, mamãe – disse Niki, estendendo sua mão para Odile e depois se virou para Marie e disse: – Acho que gostará de conhecer nossa biblioteca, Marie! Temos muitos livros de vários temas! E nós dois voltaremos cedo, para o almoço.

Os dois saíram do castelo e começaram a caminhar de braços dados pelos jardins de fundo do castelo. Niki mostrou a Odile cada árvore, planta e flor que pertencia àquele lugar.

-Essas rosas aqui –Niki apontou para um pequeno trecho de flores vermelhas – Foram meus pais que plantaram quando noivaram.

-Acho que deveríamos fazer isso, Mon Chéri – disse Odile – Devemos manter essa linda tradição!
Niki segurou as mãos de Odile e trouxe-a para perto de si. Afagou uma de suas bochechas que estavam vermelhas e beijou-lhe. O ósculo cresceu e ela sentiu a paixão crescendo dentro de si. Ele possui lábios mais doces que Michael, pensou ela, Mas o ardor dos lábios de Michael ainda me faz falta!

-Ich lieb dich, Odile! – sussurou ele, ainda a beijando – Sinto-me tão grato por ter-la como minha noiva!

-Oh Niki, eu me sinto honrada com isso – respondeu ela.

Ele a abraçou mais uma vez, estava tão feliz com aquilo que poderia ter se casado com ela naquele instante. Ele se lembrou das sementes de rosas que carregava no bolso e sentiu que os dois deveriam plantá-las naquele exato momento.

Ele tirou o pequeno pacote do bolso interno de seu paletó e colocou na mão de Odile. Ela pegou algumas sementes do pacote e colocou no canteiro e Niki com uma pequena pá colocou terra em cima destas.

-Tenho certeza que serão as mais belas flores deste jardim – disse ele, puxando ela para outro beijo. Quando pararam de se beijar, voltaram a caminhar em direção ao castelo, para o almoço com seus familiares.

Durante o almoço ele falou de todas as suas expectativas para aquele casamento. Estava apaixonado e queria que o mundo entendesse que Odile era a sua eleita. E também, sugeriu levá-la a Viena.

-O balé de Bolshoi está na capital – comentou Niki – E gostaria de levar fraülein Odile para vê-lo.

-É uma ótima idéia, meu filho – respondeu o pai de Niki – Todos nós poderíamos ir!

-Será que não ficará muito próximo do dia do baile, do Conde de Munique? – perguntou Jacques.
-Querido, ainda temos duas semanas para esse baile – respondeu Serena.

-Ótimo! – respondeu a mãe de Niki – Então na próxima sexta-feira, vamos todos à Viena!

-E assim poderemos comprar belos vestidos para o baile! – comentou Marie, feliz com aquela notícia.
 
Enquanto todos os presentes comentavam com certa alegria sobre aquele baile, Niki ficou em silêncio, observando tudo. Ele sentia que aquele seria um dos últimos momentos que veria sua amada e por isso, segurou a mão desta e sussurrou para ela:

-Eu te amo.

-Eu te amo mais – respondeu ela, com um sorriso quente entre lábios.E com isso, ele sentiu seu coração mais recortado, tirando o medo que este possuía.

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