Drabble – O primeiro novo dia de nossas vidas

 Olá pessoal, como estão? Espero que estejam bem, dentro do possível. Fiquei um tempo sem escrever, por conta das coisas do trabalho e da faculdade, mas agora volto com este pequeno drabble em homenagem Franz Beckenbauer. Nosso Kaiser nos deixou no último dia 07/01, mas sempre estará presente em minhas histórias.

Vida longa ao Kaiser Franz Beckenbauer!

Boa, leitura.

O primeiro novo dia de nossas vidas

 

(crédito - pinterest)


Um apito de navio cargueiro distante, acordou Odile de seu sono profundo. Mesmo completando seis meses que estava vivendo em Hamburgo com o namorado, Franz Beckenbauer, mas ainda não tinha acostumado com os sons das embarcações que transitavam pelo trecho do rio Elba, existente na cidade.

Ela olhou o relógio, ainda eram 6h30. Já era primavera, mas o frio congelante do inverno ainda se fazia presente. Tocou o outro lado da cama e percebeu que estava vazia. Franz deve ter saído para correr mais uma vez, pensou Odile, enquanto afastava os cobertores, se levantava e colocava seu roupão. O namorado tinha o hábito de se exercitar cedo, antes que todos pudessem estar nas ruas e ele ser reconhecido como o multi-campeão que era.  

Odile passou pelos corredores dos quartos de seus filhos, checando se eles haviam acordado. Mia, Giovanni, Melanie, Clarice e o pequeno Sage dormiam como pequenos anjos, em suas camas. No entanto, ao olhar o berço do pequeno Noel, de seis meses, notou que não estava lá.

A tensão subiu por suas veias e chegou até seu coração. Onde estaria o garoto? Será que alguém teria entrado na casa e o levado? Sua mente estava operando a mil quilômetros por hora e seu desespero crescia cada vez mais.

Até que ouviu risos de criança vindo da sala.

 – Está na hora de acordamos a mamãe, não acha?

Odile correu para sala e suspirou aliviada, ao encontrar uma das cenas mais doces, em meio as caixas das mudanças que precisavam ser desempacotadas. Franz estava sentado no sofá com Noel em seu colo, que ria divertidamente com as brincadeiras do pai.

Silenciosamente, Odile voltou para o quarto, tirou seu roupão e deitou em sua cama, esperando os dois acordarem. Instantes depois, ela sentiu duas mãozinhas tocando seus cabelos e ao acordar, viu Noel sentado na cama e sorrindo par ela.

 Guten morgen, mein Liebe! – Saudou Franz, sentado nos pés da cama. – Sai para correr e quando voltei, encontrei o bebê acordado no berço. Ficamos brincando para não te acordar.

A francesa sorriu e beijou o namorado carinhosamente. As outras crianças acordaram e tomaram a cama do casal, pedindo café-da-manhã, brinquedos e passeios.

Era um novo primeiro dia da vida de ambos.

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