Glow Girl - Capítulo 4
Meus pensamentos foram interrompidos quando um homem,da altura do meu ombro,um pouco gordo,com os dentes um pouco amarelos de tanto fumar.Ele se aproximou do balcão e falou:
-Boa tarde,mocinha!
-Boa tarde - respondi - posso ajudá-lo?
-Sim sim - pigarreou ele - minha filha precisa fazer um trabalho de literatura russa,e bem eu vim atrás de algum livro.
Por um momento meus olhos brilharam por um instante,eu amava a literatura russa!Eu meio cresci com ela pelo fato de meu pai ser da Rússia!Então eu estava em casa!
-E que livro o senhor está procurando? - perguntei.
-Bem - ele respondeu - só não quero que seja Lolita,acho que ela é jovem demais para esse tipo de coisa.
-Entendo - respondi.Aquele seria o primeiro livro que eu iria indicar,mas deixei para lá - o senhor tem alguma preferência de gênero?Ou autor,quem sabe?
-Hum - disse ele - estou perdido!
Sai de trás do balcão e fui em sua direção.
-Há uma pequena estante ali no fundo - apontei para uma pequena parte excluída da livraria - que dedicada a alguns escritores russos,se o senhor quiser,posso lhe mostrar alguns!
-Oh isso seria ótimo! - respondeu ele sorrindo.
Caminhamos até a pequena estante e ele me perguntou por que ela,de todas as estantes,ficava escondida de todos,respondi que se a polícia descobrisse,queimaria a livraria toda,pelo fato de acharem que o sr. Bernie fosse um comunista.
-Acho isso uma coisa desnecessário - disse o homem - acho que as pessoas deveriam ler o que quisessem,pensar o que quisessem!Viverem apenas suas vidinhas!
-Eu também penso isso - falei - mas acho que os Estados Unidos e a União Soviética não compartilham deste mesmo pensamento,senhor.
-Se com partilhassem,o mundo não estaria nesse caos todo! - disse ele.Concordei com ele e retirei um dos livros da prateleira,era "Almas Mortas" de Nicolai Gogol e entreguei a ele.
-O que o senhor acha deste? - perguntei.
-Qual é o enrendo?
-Bem,conta a história de um burocrata russo que larga o emprego medíocre e vai atrás de fortuna no interior da Rússia.
-Acho que para uma adolescente isso seria pateticamente chato.Vejamos outro.
Guardei "Almas Mortas" e tirei da estante,"Guerra e Paz" de Leon Tostói e entreguei a ele.
-Esse eu já li - disse ele sorrindo - mas acho que ela não vai gostar de ler.Você tem "Anna Karenina"?
Remexi e tirei alguns livros da estante,mas não estava encontrando,até que me lembrei que tinha vendido o último na semana passada.
-Acabaram todos - disse num tom um pouco triste - mas possivelmente,até semana que vem,eu tenho um exemplar.
-Bem,ela precisa ler um desses livros até segunda - disse ele - mas a infeliz só me avisou disso ontem!
-Entendo bem. - respondi.
-Você tem algum do Dostoievski?
-Sim! - disse eu - temos todos os livros dele!
-Hum - disse ele pensando - qual você me recomenda então?Um que você goste bastante!
-Bem,todos são maravilhosos - disse eu,um pouco indecisa - mas meu favorito mesmo é "Crime e Castigo"!
-Então será esse mesmo que eu vou comprar!
Sorri e peguei o livro da estante e caminhamos até o balcão.Guardei o livro numa sacola,junto com um marcador de página e entreguei a ele.
-São 15 xelins - disse a ele.Ele abriu a carteira e entregou o dinheiro.Agradeci e quando ele estava para sair da livraria,ele me perguntou:
-Ah esqueci de perguntar,qual é o seu nome mocinha?
-Anastacia Rosely,senhor.
-Então,muito obrigado Anastacia - disse ele - até a próxima.
-Até - disse.Guardei o dinheiro no caixa e voltei a ler.
-Hum - disse ele - estou perdido!
Sai de trás do balcão e fui em sua direção.
-Há uma pequena estante ali no fundo - apontei para uma pequena parte excluída da livraria - que dedicada a alguns escritores russos,se o senhor quiser,posso lhe mostrar alguns!
-Oh isso seria ótimo! - respondeu ele sorrindo.
Caminhamos até a pequena estante e ele me perguntou por que ela,de todas as estantes,ficava escondida de todos,respondi que se a polícia descobrisse,queimaria a livraria toda,pelo fato de acharem que o sr. Bernie fosse um comunista.
-Acho isso uma coisa desnecessário - disse o homem - acho que as pessoas deveriam ler o que quisessem,pensar o que quisessem!Viverem apenas suas vidinhas!
-Eu também penso isso - falei - mas acho que os Estados Unidos e a União Soviética não compartilham deste mesmo pensamento,senhor.
-Se com partilhassem,o mundo não estaria nesse caos todo! - disse ele.Concordei com ele e retirei um dos livros da prateleira,era "Almas Mortas" de Nicolai Gogol e entreguei a ele.
-O que o senhor acha deste? - perguntei.
-Qual é o enrendo?
-Bem,conta a história de um burocrata russo que larga o emprego medíocre e vai atrás de fortuna no interior da Rússia.
-Acho que para uma adolescente isso seria pateticamente chato.Vejamos outro.
Guardei "Almas Mortas" e tirei da estante,"Guerra e Paz" de Leon Tostói e entreguei a ele.
-Esse eu já li - disse ele sorrindo - mas acho que ela não vai gostar de ler.Você tem "Anna Karenina"?
Remexi e tirei alguns livros da estante,mas não estava encontrando,até que me lembrei que tinha vendido o último na semana passada.
-Acabaram todos - disse num tom um pouco triste - mas possivelmente,até semana que vem,eu tenho um exemplar.
-Bem,ela precisa ler um desses livros até segunda - disse ele - mas a infeliz só me avisou disso ontem!
-Entendo bem. - respondi.
-Você tem algum do Dostoievski?
-Sim! - disse eu - temos todos os livros dele!
-Hum - disse ele pensando - qual você me recomenda então?Um que você goste bastante!
-Bem,todos são maravilhosos - disse eu,um pouco indecisa - mas meu favorito mesmo é "Crime e Castigo"!
-Então será esse mesmo que eu vou comprar!
Sorri e peguei o livro da estante e caminhamos até o balcão.Guardei o livro numa sacola,junto com um marcador de página e entreguei a ele.
-São 15 xelins - disse a ele.Ele abriu a carteira e entregou o dinheiro.Agradeci e quando ele estava para sair da livraria,ele me perguntou:
-Ah esqueci de perguntar,qual é o seu nome mocinha?
-Anastacia Rosely,senhor.
-Então,muito obrigado Anastacia - disse ele - até a próxima.
-Até - disse.Guardei o dinheiro no caixa e voltei a ler.
***
Depois que o homem que comprou "Crime e Castigo" saiu,o sr. Edmund chegou com o carro cheio de livros e me pediu para que colocasse alguns nas estantes e outros eu os guardei no estoque,na parte de cima da livraria.
Quando o relógio e o Big Ben soaram 19h00,eu já estava um caco de tão cansada.Meu único pensamento até agora era de voltar para casa,tomar um bom banho e me enrolar nos braços de John.Pouco depois,fechei a livraria com o sr.Edmund e que acabou me dando uma carona até o prédio que eu morava.
Entrei no prédio,dei boa noite ao porteiro e subi 5 levas de escada,já que o elevador havia quebrado.Quando cheguei no andar do meu apartamento,eu já estava morta de cansaço,meus óculos estavam embaçados demais,andei até o meu apartamento,tirei as chaves de dentro da bolsa,coloquei-as na fechadura e quando estava pronta para rodar as chaves,meus óculos caíram no chão.
-Droga! - gritei.Peguei-os e rodei a chave na porta e entrei em casa.
Não conseguia distinguir muita coisa,pois estava escuro,meus óculos ainda estavam na minha mão,agora mais embaçado do que antes.
-Meu você chegou? - ouvi a voz de John,mas não conseguia enxerga-lo,mas conseguia ver um borrão de luz se aproximando e quando se aproximou mais consegui ver John segurando um castiçal com uma vela.
-Olá - disse eu.Ele pegou os meus óculos,colocou o castiçal encima da comoda perto da porta e limpou meus óculos em sua camisa e depois colocou meu rosto - melhorou?
-Oh sim - respondi - é bom voltar a ver e você é um colírio para os meus olhos!
Ele sorriu,fechou a porta que ainda estava aberta e me roubou um beijo.
-Preparei uma coisa para nós - disse ele.Peguei o castiçal,segurei sua mão e ele me levou até a cozinha. -pensei em preparar algo bem romântico,mas acho que não deu muito certo - ele puxou uma cadeira para mim me sentar e depois foi até a cozinha,e voltou de lá com uma bandeja com um frango assado e depois ele voltou com uma travessa com batatas e uma garrafa de vinho.
-Frango ao vinho branco e batatas amanteigadas - disse ele cortando um pedaço do peito do frango e um pedaço de batata num prato para mim e me entregando - clássica receita da mamãe Entwistle!
-Parecem estar tudo muito delicioso! - falei admirada.
-Sim - ele respondeu colocando um pouco de vinho numa taça e colocando na frente do meu prato e preparando um para si e depois se sentando na minha frente. - sabe,minha mãe cozinhou esses mesmo pratos quando meu pai foi apresentado aos meus avós!
-Deve ter sido bem romântico! - respondi - quando meu pai foi apresentado aos meus avós,eles meio que discutiram,mas depois se entenderam!
Passamos boa parte do nosso jantar falando sobre nossos pais,por mais que parecia estranho,mas nem ele sabia nada dos meus e eu nada sobre os dele.Depois da sobremesa,um delicioso suflê feito por ele e Marie,ele tirou uma carta do bolso de seu casaco e me entregou.
-Marie trouxe isso para você - disse ele - ela veio me ajudar a preparar tudo!
Rimos um pouco e então abri a carta.Li rapidamente,mas não podia acreditar em tudo aquilo.
-O editor chefe da Rolling Stone leu um conto meu e gostou! - gritei um pouco surpresa.
-Sério? - perguntou John,tentando tomar a carta para lê-la,mas eu não deixei.
-Sim! - respondi,eufórica - ele quer fazer uma entrevista comigo!Na segunda!
-Mê deixa ver isso - disse ele,pegando a carta de minhas mãos e começando a ler.Ele colocou a carta na mesa e me abraçou. - parabéns meu bem!Eu sabia que você conseguiria!Você é a melhor escritora que existe nesse mundo!!!
-Obrigado John! - respondi.E comecei a chorar de tanta felicidade,ele acabou limpando as lágrimas com seu dedos e depois roubou-me um beijo quente.
-Acho que deveríamos comemorar um pouco - disse ele.
Concordei e continuamos a nos beijar,ele me levantou e me segurou em seus braços,mas dessa vez,meu óculos não caiu no chão,ele me levou até o meu quarto e me colocou na cama,continuamos a nos beijar,até que ele perguntou:
-Você,quer...bem...você sabe...tentar de novo? - perguntou ele.
-Acho que Chris não vai aparecer hoje - respondi - então,vamos lá!
Ele sorriu e me deu outro beijo forte,mesmo achando que Christopher iria aparecer novamente,fizemos amor de uma forma muito romântica.
Enquanto estávamos nos amando intensamente,ouvi um barulho estranho e pouco depois a velha cama que a minha tia,mãe de Chris havia me dado quando me mudei para este apartamento,quebrou e caiu no chão.Minha reação e a de John foi de rir loucamente.
Ele me perguntou se fizemos tudo de modo muito rápido e forte,mas contei a ele que a cama era velha e acho que deveria comprar outra.
-Que tal fazermos isso amanhã?Já que é sábado - disse ele,enquanto acendia um cigarro.
-É não seria uma má ideia - respondi.
-E vamos tomar chá com a minha mãe? - perguntou ele,passando-me o cigarro - ela esta louca pra conhecer você!
-Tudo bem,mas no mês que vem,vamos conhecer os meus e acho que você vai ter que se preparar- respondi.
-Mas por que?Assim você me assusta - disse ele rindo.
-Você vai ver - respondi - você vai ver.
-Será que se dormimos um pouco a cama quebra ainda mais? - perguntou ele.
-Acho que não - disse eu,me enrolando em seus braços.
-Keith vai ficar pasmo quando descobrir que eu quebrei a cama fazendo amor com você! - disse ele rindo.
-Acho que todo mundo vai ficar pasmo! - respondi.
Encostei minha cabeça em seu peito e escutei os batimentos do seu coração,que eram fortes que lembravam muito como ele tocava o seu baixo.
-Durma bem - disse ele,beijando minha testa.
E eu adormeci.
Quando o relógio e o Big Ben soaram 19h00,eu já estava um caco de tão cansada.Meu único pensamento até agora era de voltar para casa,tomar um bom banho e me enrolar nos braços de John.Pouco depois,fechei a livraria com o sr.Edmund e que acabou me dando uma carona até o prédio que eu morava.
Entrei no prédio,dei boa noite ao porteiro e subi 5 levas de escada,já que o elevador havia quebrado.Quando cheguei no andar do meu apartamento,eu já estava morta de cansaço,meus óculos estavam embaçados demais,andei até o meu apartamento,tirei as chaves de dentro da bolsa,coloquei-as na fechadura e quando estava pronta para rodar as chaves,meus óculos caíram no chão.
-Droga! - gritei.Peguei-os e rodei a chave na porta e entrei em casa.
Não conseguia distinguir muita coisa,pois estava escuro,meus óculos ainda estavam na minha mão,agora mais embaçado do que antes.
-Meu você chegou? - ouvi a voz de John,mas não conseguia enxerga-lo,mas conseguia ver um borrão de luz se aproximando e quando se aproximou mais consegui ver John segurando um castiçal com uma vela.
-Olá - disse eu.Ele pegou os meus óculos,colocou o castiçal encima da comoda perto da porta e limpou meus óculos em sua camisa e depois colocou meu rosto - melhorou?
-Oh sim - respondi - é bom voltar a ver e você é um colírio para os meus olhos!
Ele sorriu,fechou a porta que ainda estava aberta e me roubou um beijo.
-Preparei uma coisa para nós - disse ele.Peguei o castiçal,segurei sua mão e ele me levou até a cozinha. -pensei em preparar algo bem romântico,mas acho que não deu muito certo - ele puxou uma cadeira para mim me sentar e depois foi até a cozinha,e voltou de lá com uma bandeja com um frango assado e depois ele voltou com uma travessa com batatas e uma garrafa de vinho.
-Frango ao vinho branco e batatas amanteigadas - disse ele cortando um pedaço do peito do frango e um pedaço de batata num prato para mim e me entregando - clássica receita da mamãe Entwistle!
-Parecem estar tudo muito delicioso! - falei admirada.
-Sim - ele respondeu colocando um pouco de vinho numa taça e colocando na frente do meu prato e preparando um para si e depois se sentando na minha frente. - sabe,minha mãe cozinhou esses mesmo pratos quando meu pai foi apresentado aos meus avós!
-Deve ter sido bem romântico! - respondi - quando meu pai foi apresentado aos meus avós,eles meio que discutiram,mas depois se entenderam!
Passamos boa parte do nosso jantar falando sobre nossos pais,por mais que parecia estranho,mas nem ele sabia nada dos meus e eu nada sobre os dele.Depois da sobremesa,um delicioso suflê feito por ele e Marie,ele tirou uma carta do bolso de seu casaco e me entregou.
-Marie trouxe isso para você - disse ele - ela veio me ajudar a preparar tudo!
Rimos um pouco e então abri a carta.Li rapidamente,mas não podia acreditar em tudo aquilo.
-O editor chefe da Rolling Stone leu um conto meu e gostou! - gritei um pouco surpresa.
-Sério? - perguntou John,tentando tomar a carta para lê-la,mas eu não deixei.
-Sim! - respondi,eufórica - ele quer fazer uma entrevista comigo!Na segunda!
-Mê deixa ver isso - disse ele,pegando a carta de minhas mãos e começando a ler.Ele colocou a carta na mesa e me abraçou. - parabéns meu bem!Eu sabia que você conseguiria!Você é a melhor escritora que existe nesse mundo!!!
-Obrigado John! - respondi.E comecei a chorar de tanta felicidade,ele acabou limpando as lágrimas com seu dedos e depois roubou-me um beijo quente.
-Acho que deveríamos comemorar um pouco - disse ele.
Concordei e continuamos a nos beijar,ele me levantou e me segurou em seus braços,mas dessa vez,meu óculos não caiu no chão,ele me levou até o meu quarto e me colocou na cama,continuamos a nos beijar,até que ele perguntou:
-Você,quer...bem...você sabe...tentar de novo? - perguntou ele.
-Acho que Chris não vai aparecer hoje - respondi - então,vamos lá!
Ele sorriu e me deu outro beijo forte,mesmo achando que Christopher iria aparecer novamente,fizemos amor de uma forma muito romântica.
Enquanto estávamos nos amando intensamente,ouvi um barulho estranho e pouco depois a velha cama que a minha tia,mãe de Chris havia me dado quando me mudei para este apartamento,quebrou e caiu no chão.Minha reação e a de John foi de rir loucamente.
Ele me perguntou se fizemos tudo de modo muito rápido e forte,mas contei a ele que a cama era velha e acho que deveria comprar outra.
-Que tal fazermos isso amanhã?Já que é sábado - disse ele,enquanto acendia um cigarro.
-É não seria uma má ideia - respondi.
-E vamos tomar chá com a minha mãe? - perguntou ele,passando-me o cigarro - ela esta louca pra conhecer você!
-Tudo bem,mas no mês que vem,vamos conhecer os meus e acho que você vai ter que se preparar- respondi.
-Mas por que?Assim você me assusta - disse ele rindo.
-Você vai ver - respondi - você vai ver.
-Será que se dormimos um pouco a cama quebra ainda mais? - perguntou ele.
-Acho que não - disse eu,me enrolando em seus braços.
-Keith vai ficar pasmo quando descobrir que eu quebrei a cama fazendo amor com você! - disse ele rindo.
-Acho que todo mundo vai ficar pasmo! - respondi.
Encostei minha cabeça em seu peito e escutei os batimentos do seu coração,que eram fortes que lembravam muito como ele tocava o seu baixo.
-Durma bem - disse ele,beijando minha testa.
E eu adormeci.
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